quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Disseram que voltei europeizado...

Pois é, diletos e raros leitores, acabei de voltar das andanças pelo velho mundo. Em suma, chego com pés empoeirados e cabeça arejada. Estava a procurar como começar o relato dessa viagem e nada melhor do que começar pelo previsível e objetivo início. Tudo começou quando eu lembrei que há muito tempo havia a vontade de dar uma de livre, largar tudo e caminhar pelo mundo a esmo sem ter muitas preocupações. O que me levou a relembrar isso foi me ver amargo e meio desencantado com a vida como no meu desabafo sobre o filme foi apenas um sonho. Tava eu ainda mais recalcado do que eu esperava quando chegasse a essa nova fase. Tudo bem que mais uma vez tive que lançar mão de um jogo de cintura, ajustar n fatores, ignorar simplesmente outros n para conseguir isso. Mas enfim, esse ato se concretizou.

Seguiu-se um mês de muita pesquisa na internet, misturada com a boa dose de "Deus ajuda" pra ferrar de vez com as economias, mais uma mochila nas costas, pouco dinheiro no bolso e um inglês de meia tigela. Por incrível que pareça, esses ingredientes foram suficientes para encarar a aventura: Quatro países, cinco cidades, 12 dias. Indo de um lado ao outro por meio de aviões em altas doses com um toque de trens, barcos e ônibus. Vou tentar aqui contar as minhas (des)aventuras nessa traquinagem que há muito eu ruminava e que tanto me fez bem nos próximos posts. Enquanto isso, fica aí com um pouco de Carmen Miranda com essa música feita na sua volta ao Brasil depois de uma temporada nos EUA. Não é que pensaram algo parecido de mim também? huahuahuahuahuahu Ô povo, não procede... não procede.



Disseram que voltei americanizada

Disseram que eu voltei americanizada
Com o burro do dinheiro
Que estou muito rica
Que não suporto mais o breque do pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí
Que eu sei certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno
Eu posso lá ficar americanizada
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno
Cantando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro minhas preferidas
Eu digo mesmo eu te amo, e nunca I love you
Enquanto houver Brasil
Na hora da comida
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu