sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Pois sem você meu mundo é diferente e minha alegria é triste

É mais forte do que eu, então pra suportar deixo esse rastro aqui.

As Canções Que Você Fez Pra Mim
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos



Hoje, eu ouço as canções que você fez pra mim
Não sei por que razão tudo mudou assim
Ficaram as canções e você não ficou
Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou
Tanta coisa que somente entre nós dois ficou
Eu acho que você já nem se lembra mais
É tão difícil olhar o mundo e ver
O que ainda existe
Pois sem você meu mundo é diferente
Minha alegria é triste
Quantas vezes você disse que me amava tanto
Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto
E agora eu choro só sem ter você aquí

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Disseram que voltei europeizado...

Pois é, diletos e raros leitores, acabei de voltar das andanças pelo velho mundo. Em suma, chego com pés empoeirados e cabeça arejada. Estava a procurar como começar o relato dessa viagem e nada melhor do que começar pelo previsível e objetivo início. Tudo começou quando eu lembrei que há muito tempo havia a vontade de dar uma de livre, largar tudo e caminhar pelo mundo a esmo sem ter muitas preocupações. O que me levou a relembrar isso foi me ver amargo e meio desencantado com a vida como no meu desabafo sobre o filme foi apenas um sonho. Tava eu ainda mais recalcado do que eu esperava quando chegasse a essa nova fase. Tudo bem que mais uma vez tive que lançar mão de um jogo de cintura, ajustar n fatores, ignorar simplesmente outros n para conseguir isso. Mas enfim, esse ato se concretizou.

Seguiu-se um mês de muita pesquisa na internet, misturada com a boa dose de "Deus ajuda" pra ferrar de vez com as economias, mais uma mochila nas costas, pouco dinheiro no bolso e um inglês de meia tigela. Por incrível que pareça, esses ingredientes foram suficientes para encarar a aventura: Quatro países, cinco cidades, 12 dias. Indo de um lado ao outro por meio de aviões em altas doses com um toque de trens, barcos e ônibus. Vou tentar aqui contar as minhas (des)aventuras nessa traquinagem que há muito eu ruminava e que tanto me fez bem nos próximos posts. Enquanto isso, fica aí com um pouco de Carmen Miranda com essa música feita na sua volta ao Brasil depois de uma temporada nos EUA. Não é que pensaram algo parecido de mim também? huahuahuahuahuahu Ô povo, não procede... não procede.



Disseram que voltei americanizada

Disseram que eu voltei americanizada
Com o burro do dinheiro
Que estou muito rica
Que não suporto mais o breque do pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí
Que eu sei certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno
Eu posso lá ficar americanizada
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno
Cantando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro minhas preferidas
Eu digo mesmo eu te amo, e nunca I love you
Enquanto houver Brasil
Na hora da comida
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Foi apenas um sonho

Acabei de assistir mais um filme que, como outros raros, me deixam pensativo. Trata-se do mesmo que dá nome a esta postagem e me foi como um alívio pra quem passa por um momento de frustração. Em suma, trata-se da crônica da morte de um sonho... Quem nunca teve um sonho? Eu mesmo tive vários... espere... eu ainda os tenho apesar de ter entrado numa fase de enebriação com a falsa segurança da pragmaticidade. Voltando, nunca me identifiquei tanto com o exemplo emblemático de que boas intenções não são suficientes para se ser feliz... ou talvez, o conceito de felicidade deve estar de tal maneira intrínseco ao da utopia que me faz pensar que talvez sejam sinônimos e por isso seja a razão de ser a angústia o resultado da busca por esse ideal.

Para os que se apercebem "num vazio sem esperança" e que não se enquadram na fantasia da massa do padrão de felicidade, resta a agonia de escolher entre a insistência ou a tentadora vontade de se acomodar ao conforto lacaniano de ser mais um neurótico ao atribuir a alguém a responsabilidade de pensar em troca da fantasia de que se é livre. No filme, o casal retrata bem essa dualidade. As tentativas de salvar o relacionamento de ambos, a vontade irracional de dar certo de um lado e a fraqueza do outro que sucumbe a tentação de se conformar com a situação. O mais cruel de tudo é que se apercebe a sinceridade do sentimento que une a ambos, mas a fantasia de que isso é o bastante vai se mostrando falha. Foi mais um baque na fantasia de amor eterno e de que deve-se fazer tudo o possível. Como disse certa vez, não sou do tipo que tem tiradas geniais, mas ao menos tenho a capacidade de enxergar algumas coisas. Estou falando nisso porque me lembrei de Vinícius de Morais com sua máxima do "que seja eterno enquanto dure". Talvez a grande sacada (ou piada) disso tudo é que o ciclo com início, meio e fim que inexoravelmente se repete em tudo e talvez seja mais divertido viver o processo do que pensar em resultados.
A pitada de amargura do meu ponto de vista, caro leitor, não é mera coincidência. Como já disse me identifiquei e agora passo pela fase em que me seguro pra tentar não ser irracional ao tentar pela enésima vez. O melhor disso tudo é que me sinto mais tranquilo pela intuição de que isso será expurgado e na idéia de voltar a acreditar que é possível um dia desses... ando meio ansioso para começar um novo ciclo. Enquanto isso, parafraseando agora Bandeira, talvez seja o melhor remédio dançar um tango argentino ao invés de pensar em tudo que poderia ter sido e não foi.
para ler uma crítica decente e não uma enxurrada de percepções, vem por aqui.
p.s: Não se esqueça que tenho o direito de desmentir tudo isso daqui a algum tempo. Assim espero... huauhahuahuahua